Esquecer tem sido uma urgência, compreender a impossibilidade e invariavelmente praticar o desapego.
Esquecer tem sido uma rota que encera um ciclo de angústia e um exercício diário aprovado pelo bom senso.
A despeito do esquecimento, ele não apaga a história, apenas redime o prejuízo de ter ficado ao léu, aguardando improváveis milagres.
É possível esquecer as esperas e os momentos vividos, deixando guardado aquilo que tão bonito foi escrito. É possível esquecer sem contudo anular as experiências.
Esquecer é adaptar-se, retomar o compasso, liberar a alma para o que é obrigatório viver.
Esquecer é adaptar-se, retomar o compasso, liberar a alma para o que é obrigatório viver.
Desistir das vontades desenfreadas e solitárias e tocar o barco Esquecer mesmo é uma decisão. Uma devolução dos sonhos, sem necessariamente viver na opacidade.
Esquecer tem sido muito mais que uma meta.
Esquecer tem sido muito mais que uma meta.
Um seguir em frente.
Esquecer é preciso, para devolver à vida, a luta diária que é atravessar, ganhar, avançar todos os dias sem tanto ferrugem na alma.
Esquecer é necessário, para deixar partir a melancolia, o medo e não atrasar tanto a vida.
Esquecer é absolutamente necessário, antes que a vida envelheça sem nada para dar conta. Se temos o que esquecer, é certo que ousamos, inventamos, erramos e continuamos o trajeto.
É muito provável que esquecer em determinadas situações seja estratégico, pedagógico e portanto enriquecedor.
Esquecer uma mágoa. Um sonho desfeito. Uma imprecisão cometida em momentos de pressa ou de displicência, abre portas para que possamos costurar novas possiblidades e libera a alma para outras vivências.
Esquecer, porque viver nem sempre é guardar a sete chaves o que foi dito, vivido e experimentado. Viver também exige descartar o que não serve mais.
Ita Portugal
Gosto mto desse texto..Mto!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário